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16 de abril de 2012

Quinta da Vitoria

Resumo
Desde os anos 1960 que a Área Metropolitana de Lisboa foi rendilhada de bairros de barracas. Uma parte
da fronteira do concelho de Lisboa corresponde à antiga Estrada Militar, onde o crescimento dos bairros
de barracas foi mais notado. Muitos estão localizados já nos concelhos limítrofes de Lisboa, mas os
quotidianos dos seus moradores movem-se sobretudo para a capital. No entanto, as questões que se
relacionam com a sua cidadania resolvem-se nos centros urbanos dos seus concelhos, implicando vários
tipos de mobilidade na AML. Os passes sociais, por seu lado, ignoram estas dinâmicas. Parte das
populações carenciadas da AML, apesar de viver junto à fronteira de Lisboa-centro, tem de adquirir várias
modalidades de passe para preencher as necessidades de mobilidade urbana.
A Quinta da Vitória, na freguesia da Portela (Loures), onde tenho desenvolvido investigação com a
comunidade hindu local, é um desses bairros. Os hindus da Quinta da Vitória dependem dos transportes
públicos da AML. Além dos percursos quotidianos associados ao trabalho e à cidadania, realizam
trajectos relacionados com a sua rede cultural, visitando familiares e cumprindo rituais próprios do
calendário religioso noutras zonas da AML. Nesta comunicação, daremos conta das dificuldades
relacionadas com as necessidades de mobilidade urbana desta população e respectivas respostas
encontradas.

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